Hoje, no dia em que escrevo, 15 de setembro, meu velho pai faria 118 anos. Hoje, venturoso dia, nasceu o Felipe, bisneto dele, meu sobrinho-neto. Não é o primeiro. É aquele que, se depender do empenho dos pais, virá viver para cá, em Lisboa, ao pé de nós. Passei o dia de ontem, de hoje e sei que muitos amanhãs também, querendo estar em São Paulo, como, há quase 40 anos, corri quilômetros, em Juiz de Fora, para ser o primeiro a ver a mãe dele, quando ela nasceu. Na caminhada que fiz hoje, não corri, vagueei pela margem do Tejo, sem pensar em nada senão no dia em que for ele, Felipe, um desses miúdos que vejo por aqui, numa adorável bata, andando de bicicleta, subindo e descendo o rio num caixote à vela, brincando de pegar onda nas águas geladas do Atlântico Norte, sob a luz de Lisboa. Para ele, tirei uma foto do rio e da ponte no ocaso do dia em que ele nasceu. Acho que o Felipe será feliz em Lisboa.… Leia mais Felipe